26 de jun. de 2013

Comunidades mbyá-guarani e kaingang participam de feira no Distrito Federal


Cinco indígenas mostram a cultura, expõem artesanato e pedem cumprimento de PBA em projetos do DNIT

Nos dias 4 e 5 de junho, as comunidades Mbyá-Guarani e Kangaing, atingidas pelas duplicações das BRs 116 e 386, respectivamente, participaram da Feira organizada pelo DNIT, em Brasília. Os indígenas guarani Maurício Gonçalves, presidente do CAPG/RS, Santiago Franco, cacique da aldeia Arroio do Conde, e Talcira Gomes, da aldeia Estiva, além dos kaingang Valdecir Lopes, da comunidade Lomba do Pinheiro, e Ari Ribeiro, do Morro Santana, mostraram e comercializaram artesanato que produzem nas aldeias localizadas no Rio Grande do Sul e que estão sendo afetadas pelos dois empreendimentos.

As tendas organizadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), tiveram grande presença de público, além da visita de escolares e autoridades que puderam acompanhar o andamento dos trabalhos que estão sendo realizados pelos dois projetos de apoio às comunidades indígenas.   Junto ao prédio do DNIT, a Fapeu ergueu três estruturas e colocou painéis nas áreas de circulação. Uma, do Programa de Apoio às Comunidades Mbyá-Guarani no Âmbito das Obras de Duplicação da BR-116/RS, outra da Gestão e Supervisão Ambiental da BR-386, trecho Tabaí/Estrela, onde está o Programa de Apoio às Comunidades Indígenas Kaingang, e uma terceira para a comercialização de produtos típicos das duas comunidades, como cestaria, utilitários, adornos, zoomorfos (miniaturas de animais da fauna nativa) e cerâmica. Foram distribuídos materiais gráficos, como folderes, informativos e jornais, apresentados vídeos e palestras para grupos ou individuais para os visitantes a respeito da história, da cultura e do modo de vida dessas duas etnias no Estado.

Ao visitar as tendas, o diretor-executivo do DNIT, Tarcísio Gomes de Freitas, conversou com cada um dos representantes indígenas. Ao final, se mostrou satisfeito com o que viu e elogiou a execução dos dois programas indígenas, coordenados pela Fapeu.  Os indígenas reconheceram o esforço do DNIT, agradeceram o empenho na execução dos programas e aproveitaram para pedir ao governo federal que cumpra o que está estabelecido nos dois PBAi. “Estamos satisfeitos com essas compensações, embora ainda pequenas em termos de compra de terras, mas que já amenizam a situação precária dos povos indígenas”, destacou Maurício Gonçalves. Para a coordenadora dos programas indígenas, Juliana Sarti Roscoe, o evento foi um sucesso e importante para os dois programas. “Os programas avançam e viram uma realidade, esse é o nosso compromisso, fazer o desenvolvimento com responsabilidade social”, concluiu.
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